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TDAH e PSICOPEDAGOGIA

O que é o TDAH?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é, basicamente, neurológico, caracterizado pela desatenção/falta de concentração, agitação (hiperatividade) e impulsividade. Estas características podem levar o portador a ter dificuldades emocionais, de relacionamento, decorrendo daí baixos níveis de auto-estima, além do mau desempenho escolar, face às reais dificuldades no aprendizado.

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é, em regra, de origem genética e congênita. Ou seja, nato, sendo facilmente perceptível quando a criança adentra na fase escolar. Neste nível, de forma particular, os sintomas aparecem com clareza, principalmente dentro da sala de aula.

A criança com TDAH possui dificuldade de concentração, podendo distrair-se com facilidade, ouvindo qualquer barulho, ou mesmo distraindo-se sozinho, esquece seus compromissos, perde ou esquece objetos nos lugares, possui dificuldade em seguir instruções, em se organizar, além de falar muito, interrompendo as pessoas enquanto conversa, não conseguindo esperar sua vez e respondendo as perguntas antes mesmo delas serem feitas por completas.

O DSM – IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais) define o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade como um problema de saúde mental, considerando-o como um distúrbio bidimensional, que envolve a atenção e a hiperatividade/impulsividade.

De acordo com esse manual, o TDAH pode ser apresentado sob três formas:

subtipo predominantemente desatento, subtipo predominantemente hiperativo/compulsivo e subtipo combinado.

- Subtipo predominantemente desatento, caso tenha ao menos seis sintomas da desatenção;

Apresentam características de comportamento letárgico, falta de motivação, maior comprometimento em memória de trabalho, dificuldade em atividades de velocidade de processamento, menor auto-confiança, baixo desempenho em leitura e compreensão; apresentam sintomas internalizantes, como depressão, ansiedades e dificuldades  e flutuação na aprendizagem. Apresentam também dificuldades nas tarefas percepto-motoras, desordem cognitiva e dificuldade em atenção focalizada. (Sylvia Maria Ciasca, 2010)

Este tipo de TDA na maior parte das vezes ocorre nas meninas, podendo muitas vezes ficar mais no fundo da sala, em silêncio, e não ser percebida.

Normalmente, é uma criança sonhadora, desligada e que não disfarça sua alienação.

Na escola ou mesmo em casa, muitas vezes não termina seus deveres, e também não consegue acompanhar o que ocorre em sala de aula. Porém, sua falta de atenção pode ficar despercebida por todos, já que é educada, tentando sempre cooperar, não causando problemas e não fazendo barulho.

 

As crianças portadoras de TDA do Tipo Desatento são vistas simplesmente como lentas no aprendizado, a despeito do fato de a maioria ter inteligência média ou acima da média. Seus esquecimentos e sua desorganização, no entando são vistos como sinais de capacidade intelectual limitada e não como sinais de TDA. (Phelan, 2005, pag. 38)

- Subtipo predominantemente hiperativo/impulsivo, caso tenha ao menos seis sintomas de hiperatividade/impulsividade;

Apresentam dificuldades em completar tarefas sequenciais, maior tempo de reação, maior número de repetência escolar, agitação motora, dificuldade de controlar os impulsos, inquietação, atividade excessiva. (Barkley, 2008)

- Subtipo combinado, caso apresente no mínimo seis sintomas de desatenção e seis sintomas de hiperatividade/impulsividade.

Apresentam um maior comprometimento nas funções executivas, maior número de erros em atividades que necessitam de maior atenção, concentração e organização.

Qual o papel do Psicopedagogo?

A psicopedagogia ocupa-se do aprendiz em seu processo de aprender e de ensinar levando em consideração as realidades objetivas e subjetivas que habitam o entorno da criança e do adolescente. Considera também o conhecimento em sua complexidade e numa dinâmica em que os aspectos afetivos, cognitivos e sociais se completam. Sendo assim, não apenas o desempenho escolar interessa, mas todas as relações de aprendizagem que a criança estabelece.

Quando falamos em lidar com portadores de TDAH, falamos também em interdisciplinaridade, ou seja, são necessárias também outras intervenções, entre elas a psicopedagógica, que se volta para a construção de condições para que o sujeito possa situar-se de forma adequada, e o comportamento patológico situar-se em um segundo plano.

O psicopedagogo em sua atuação institucional ou clínica pode exercer um trabalho de reflexão e orientação familiar, possibilitando elaboração acerca do direcionamento das condutas que favorecem a adequação e integração do indivíduo com TDAH, trazendo perspectivas sob diretrizes de vida e evolução.

A criança ou adolescente portador de TDAH precisa ser estimulada de maneira correta em tempo integral, para que mantenha sua atenção no que está fazendo ou estudando. Neste processo, o psicopedagogo tem papel importante, cabendo-lhe intervir no método cognitivo, junto à construção do saber, e fazer com que o paciente sinta-se capaz de ter um bom desenvolvimento intelectual, profissional e pessoal.

O papel do psicopedagogo é também fazer uma intervenção educativa ampla e consistente no processo de desenvolvimento do paciente, em suas diversas dimensões, tais como as afetivas, cognitivas, orgânica e psicossocial. "A avaliação psicopedagógica tem um papel central no diagnóstico da criança com TDA/H, já que é no colégio que o problema tem maior expressão" (CONDERAMIN e colaboradores, 2006, pg. 60).